Condomínios têm economia de até 30% com uso de energia solar
Locação dos equipamentos e dos serviços de energia solar pelos condomínios é opção para reduzir gastos com eletricidade
Uma alternativa para fugir dos altos gastos na conta de luz é o aluguel dos equipamentos e dos serviços de energia solar pelos condomínios residenciais. A aquisição traz um desconto entre 10% e 20% do valor da despesa dos edifícios, mas, em alguns casos, a economia pode chegar a 30%.
O custo da locação de uma usina solar gira em torno de até R$ 1 milhão. Mas a vantagem é que o pagamento pelo aluguel dos equipamentos e pela prestação dos serviços só começa a ser feito a partir da geração da energia solar. Os projetos podem suprir entre 50% e 100% da energia consumida elas áreas comuns dos condomínios.
Cristiano Meditsch, CEO da Edsun que tem em parceria com a administradora Cipa, 30 projetos em andamento em edifícios cariocas, a economia com energia, incluído o aluguel do sistema é de no mínimo R$ 2 mil.
Ao contratar uma empresa especializada na instalação do sistema, começa-se a análise da capacidade de geração de energia do condomínio. Normalmente o sistema é implantado nas áreas disponíveis nos terraços. A análise, a instalação e a manutenção dos equipamentos são de responsabilidade da empresa de energia solar, sem nenhum custo aos condomínios.
A proposta do projeto precisa obrigatoriamente ser aprovada em assembleia pela maioria dos moradores, de acordo com a sua convenção.
Bruno Queiroz, gerente de Novos Negócios da Cipa, explica que o aluguel tem prazo de 120 meses. Caso o condomínio opte por continuar com o sistema a empresa oferece benefícios. “O condomínio tem a opção de comprar a usina, pagando mais quatro parcelas no mesmo valor da fase 1, ou ter o valor do aluguel reduzido por tempo indeterminado para apenas 10% do valor da primeira fase”, detalha.
Outra possibilidade é adotar o modelo misto, como acontece no condomínio Cores da Lapa, no Centro do Rio. O síndico do edifício, Paulo Badin, conta que o projeto aprovado em assembleia será um modelo misto, com 76% da energia produzidos nos terraços dos prédios e 24% fornecidos pela empresa, em forma de aluguel.
O síndico explica que a mensalidade paga à empresa de energia é 12% mais barata do que a média da conta de luz hoje. “Pelos cálculos seria economia anual de R$ 130 mil, com grandes chances de aumentar esse percentual”, conta.
A maior procura por energia solar é observada pelas próprias concessionárias de energia do Rio. A Light, por exemplo, registrou as instalações de microgerações solares, entre os clientes de baixa tensão, cresceram 37% de 2019 para 2020, saindo de 2.128 para 2.864. Por sua vez, a Enel avalia que o mercado solar tem “boas expectativas de crescimento no futuro”.